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III Conferência da Mulher Advogada discutirá "Igualdade, identidade e protagonismo coletivo"

Tema foi definido durante reunião nesta quinta (06/02), que contou com a presença de diretoras, conselheiras e representantes de comissão da Ordem

"Igualdade, identidade e protagonismo coletivo" será o tema da III Conferência da Mulher Advogada. A escolha foi feita durante uma reunião na manhã desta quinta-feira (06/02), na Sala de Comissões da OAB-BA, que contou com a presença de diretoras, conselheiras e representantes de comissão da Ordem. O encontro teve como objetivo levantar os principais assuntos a serem tratados no evento e viabilizar a troca de experiências entre as representantes da seccional.

A ser realizada nos próximos dias 4 e 5 de junho, em local ainda a ser definido, a terceira edição da conferência reunirá profissionais e especialistas de todo o estado para discutir temas caros à mulher advogada e ao universo feminino de forma geral. 

Segundo a vice-presidente da seccional, Ana Patrícia Dantas Leão, o maior desafio da conferência é tratar de temas caros à mulher, que sejam ouvidos e debatidos por todos, inclusive pelos homens. "Precisamos de um evento que tenha nossa cara, seja nosso retrato, mas que repercuta em toda a sociedade, com potencialidade de provocar transformações significativas nas condições sociais e profissionais da mulher e da advogada”, explicou. 

A secretária-geral, Marilda Sampaio, disse que a conferência tem proposta diferencial e se apresenta como um divisor de águas, impulsionada, sobretudo, pela força da mulher do interior.

A presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Daniela Borges, destacou a desigualdade de gêneros como um dos principais assuntos a serem tratados na conferência. "Precisamos tratar da questão da desigualdade e dos desafios das mulheres, na tentativa de construirmos as ações de base para que, um dia, não seja mais preciso realizar eventos desta natureza", pontuou.

Além do tema principal que norteará a programação geral do evento, a reunião também serviu para reforçar a importância da diversidade na escolha das palestrantes, com a presença de convidadas mulheres, negras, indígenas, deficientes e trans, e para levantar os principais pontos a serem debatidos nos painéis.

Entre os assuntos, foram levantadas questões referentes à violência contra a mulher, resistência, política, poder, atendimento na Delegacia da Mulher, alienação parental, saúde mental, diversidade e igualdade de gênero.

Para a presidente da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher, Renata Deiró, o principal desafio na escolha dos assuntos será sua transversalidade. "Temos um sistema político, econômico e social machista, que centraliza as discussões na figura do homem. E este, em geral, não participa nem se interessa por assuntos femininos. Então fazer essa transversalidade e atingir mulheres e homens será nosso maior desafio", explicou Deiró.

"Tratar de temas transversais se mostra essencial diante da necessidade de abordagem de questões valorosas e presentes no nosso cotidiano, que envolvem não apenas a mulher advogada, mas a atuação da mulher como ser social e como protagonista do desenvolvimento da sociedade", completou a vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada, Camila Trabuco.
 

Foto: Angelino de Jesus/OAB-BA