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Bahia também quer Mais Mulheres na OAB

A OAB da Bahia participou da I Conferência Nacional da Mulher Advogada realizada nesta quinta e sexta-feira, 21 e 22 de maio, em Maceió (AL) pelo Conselho Federal da OAB. No evento, aberto pelo presidente nacional Marcus Vinícius Furtado Coêlho, foram debatidas as principais bandeiras do universo feminino frente aos desafios da advocacia contemporânea. Quem conta é a conselheira seccional Andrea Marques, presidente da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher da OAB-BA, que esteve acompanhada pela maioria das integrantes da comissão.

"A Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher participou do maior evento já feito pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil a respeito da mulher advogada. Essa Conferência é de extrema importância para todas as seccionais da OAB e para todas as mulheres advogadas do país", afirma Andrea Marques. E completa: "Neste evento nos contamos com presenças ilustríssimas discutindo temas profundos, como, por exemplo, os estereótipos e estigmatizações da mulher em todo o mundo, as relações profissionais, a discriminação institucional, a ausência dos controles de poder sob o domínio da mulher".

A presidente da comissão avaliou a situação da mulher advogada hoje. "Debatemos também na conferência a constatação de que toda vez que a mulher é submetida a uma avaliação meritória da sua capacidade, como por exemplo, em concursos públicos, já está mais do que provada a capacidade feminina. Hoje, na maioria dos concursos públicos da área jurídica a mulher é maioria, ou seja, magistratura, promotoria, exames da Ordem, nós já somos maioria", destacou Andrea Marques.

"No entanto, quando é necessária indicação para cargos de poder, como por exemplo, nas listas sêxtuplas das OABs para concorrer à vaga de desembargador do quinto constitucional , ou concorrer à indicação como ministro de supremos tribunais, bem como na formação das chapas eleitorais da Ordem e das seccionais, nós sempre somos preteridas" pondera a conselheira. "Então nós que já mostramos nossa capacidade profissional, intelectual, nossa competência e nossa força, merecemos sim, ter mais mulheres na OAB. Por isto que este evento de hoje lança a campanha, em todo o país, "Mais Mulheres na OAB", conclui. Na cerimônia de encerramento da I Conferência Nacional da Mulher Advogada, na noite desta sexta-feira (22), a conselheira federal Fernanda Marinela, presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada leu a Carta de Maceió. O documento, elaborado no evento, afirma a continuidade das políticas de inclusão feminina no âmbito da OAB e da política no Brasil. Leia também: Confira a Carta de Maceió da I Conferência Nacional da Mulher Advogada

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