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Conferência Nacional da OAB aprova plebiscito das diretas

Rio de Janeiro - Na noite desta quarta-feira (22), a Conferência Nacional da OAB, reunida no Riocentro, aprovou a realização de plebiscito para consultar os 850 mil advogados e advogadas do Brasil a fim de saber se apoiam ou não eleição direta do presidente nacional da entidade.

A proposta foi apresentada pelo presidente da OAB da Bahia, Luiz Viana Queiroz, que defendeu voto federativo, ou seja, eleição direta em cada seccional, ganhando o voto do estado o candidato mais votado.

Em discurso vigoroso muito aplaudido, o presidente baiano defendeu coerência da OAB, que "não pode ter um discurso de vanguarda para fora e um discurso de retrocesso para dentro". "A mesma entidade que propõe uma reforma política para o Brasil não pode deixar de fazer sua própria reforma democrática", afirmou. O presidente da OAB da Bahia rebateu o argumento do temor do poder econômico, usado pelos que são contra as eleições diretas na Ordem,  ressaltando a "incoerência que é a OAB tentar limitar o poder econômico nas eleições nacionais, com a ação no STF contra doações eleitorais por empresas, e dizer que não pode limitar o poder econômico nas eleições da própria OAB"..

Os conferencistas aprovaram a proposta de Luiz Viana por ampla maioria. Prevaleceu o entendimento de que os presidentes seccionais de cada estado são eleitos pelo voto direto sem que haja abusos, tendo em vista as regras que restringem a propaganda e o uso do dinheiro nas campanhas políticas na OAB.

"Os males da democracia se curam com mais democracia", encerrou o presidente baiano, entusiasmado pela estrondosa vitória.