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ESA e CCJA reúnem advogadas pra trocar experiências com jovem advocacia

Em mais uma demonstração de valorização da jovem advocacia, o Conselho Consultivo da Jovem Advocacia (CCJA) em parceria com a Escola Superior de Advocacia (ESA) da OAB-BA promoveu no Salvador Trade Center, na quarta-feira (14), um bate-papo jurídico voltado para os profissionais que estão iniciando suas carreiras. Dessa vez, a escola reuniu as advogadas Thais Bandeira, diretora da ESA, Sarah Ferreira, Camila Masera, Cristiane Morgado e Mônica Cavalcanti, que compartilharam com os presentes suas experiências profissionais. De acordo com Thais Bandeira, esse modelo menos engessado de evento é fundamental para que a plateia se aproxime dos palestrantes. "Todo mundo que vai iniciar uma carreira na advocacia tem dúvidas e o papel das meninas hoje aqui foi sanar essas dúvidas e dar às pessoas um norte a esses jovens", disse. Sarah Ferreira destacou que esse momento trouxe algo para os advogados e advogadas que eles não aprenderam na faculdade. "Trazemos conhecimento sobre o empreendedorismo jurídico que é um tema muito importante para a advocacia, mesmo porque um escritório nada mais é do que uma empresa que tem sua regulação própria e exige do profissional competências além do conhecimento técnico", explicou. Já Cristiane Morgado ressaltou que essas vivências servem também pra mostrar ao jovem advogado que a OAB está presente para apoiá-lo. "Esses eventos são importantes pra mostrar aos jovens que a OAB está presente, que há pessoas que passaram pela mesma situação que eles estão passando e que tudo na vida se resolve no seu tempo. Com o advogado isso não é diferente". Enquanto Mônica Cavalcanti considerou o evento "muito importante, sobretudo para a jovem advocacia, para as advogadas negras, para entenderem que precisamos estar em todos os espaços, que os espaços de poder também nos pertencem. Faz parte da luta contra o racismo estar em todos os espaços e mostrar a nossa competência. Enquanto mulher negra eu entendo que estando aqui eu faço representatividade, para que outras mulheres negras se enxerguem e entendam que podem chegar neste espaço também". Superar os desafios
Para Camila Masera, outra importante função desse bate-papo foi mostrar aos colegas que não há desafio que seja impossível de ser superado. "A advocacia jovem passa por desafios que nos questionam se devemos permanecer nessa profissão, mas noites como esta nos mostram que é possível sim enfrentarmos essas batalhas e conseguir com dedicação e persistência os resultados que buscamos". O presidente do CCJA, Hermes Hilarião, complementou: "Tivemos a oportunidade de conversarmos com advogadas que nos apresentaram diferentes visões e nós saímos daqui com a certeza de que a advocacia ainda vale a pena". Sarah Galvão, vice-presidente do CCJA, destacou o fato do bate-papo ter sido conduzido por mulheres advogadas e o papel da gestão Luiz Viana nesse processo de pluralização nos trabalhos da OAB. "OAB-BA na gestão de Luiz Viana inclui mulheres e uma prova disso é este evento. Se pararmos pra pensar, no passado as mulheres não podiam nem votar e hoje estávamos discutindo empreendedorismo jurídico, advocacia e inclusão". A advogada Paula Pimentel veio da cidade de Utinga, na Chapada Diamantina, para particpar do bate-papo. Ela conta que a inspiração pelas jovens advogadas que hoje particpam dos trabalhos na Ordem foi fundamental para que ela atravessasse os 500 Km que separam seu município da capital baiana. "São muitos fatores que nos desmotivam, como a precariedade do Tribunal de Justiça, dos fóruns, o número reduzido de servidores públicos, sobretudo no interior, e principalmente o preconceito contra a mulher advogada. Mas as meninas são fonte de inspiração em todos os sentidos e eu busco cada dia me motivar profissionalmente e aprender coisas novas para empreender e evoluir na profissão", concluiu. Foto: Angelino de Jesus (OAB-BA)