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Jovem advocacia reivindica direito a concorrer em eleições da OAB

O Colégio de Jovens Presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil se reuniu na XXIII Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, evento que acontece até quinta-feira (30), na cidade de São Paulo, e reúne operadores do Direito de todo o país. Durante a reunião, os jovens presidentes lançaram uma campanha nacional pelo fim da cláusula de barreira, que impede os jovens advogados a se lançarem candidatos nas eleições da Ordem. "Todos nós advogados e advogadas temos o direito de participar do processo eleitoral da OAB e esse alijamento da jovem advocacia precisa chegar ao fim", afirmou Hermes Hilarião, presidente do Conselho Consultivo da Jovem Advocacia da OAB-BA. Segundo Hilarião, a luta pela afirmação da democracia que historicamente a OAB vem travando junto à sociedade precisa refletir também na sua estrutura. "A todo instante a OAB discute reforma política e no sistema eleitoral, mas temos que fazer uma reforma politica e eleitoral no nosso sistema interno", disse. A campanha visa mobilizar todo o sistema OAB, o Conselho Federal e também o Congresso Nacional para que haja uma reforma legislativa e a jovem advocacia possa participar efetivamente do processo eleitoral da Ordem. Simpático à causa, o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, aderiu à campanha e se comprometeu a levar a matéria para o pleno do conselho federal e empreender esforços junto ao congresso nacional, a fim de que haja a mudança legislativa. Maior evento jurídico do mundo
O secretário-geral da Comissão Nacional de Mediação do Conselho Federal da OAB, Antônio Adonias, parabenizou a seccional Bahia pela participação assídua em diversos painéis da XXIII Conferência Nacional. "A OAB-BA se fez presente na reunião da ESA, das Mulheres Advogadas, dos Jovens Advogados. Tivemos participação no evento do CPC, Fabrício Castro falou sobre empreendedorismo na área jurídica, e o presidente Luiz Viana fez palestra sobre advocacia e democracia", relembrou. Adonias ainda enalteceu a grandeza da conferência. "É o maior evento jurídico do mundo, que congrega diversos operadores do Direito, fundamentalmente os advogados e as advogadas, mas também representantes do poder Judiciário, do Ministério Público e diversas carreiras jurídicas", frisou.  Advogadas unidas
A vice-presidente da OAB-BA, Ana Patrícia Leão, também presente na XXIII Conferência Nacional, reforçou a necessidade das advogadas se unirem em nome da valorização da classe. "É preciso união para que possamos valorizar cada mulher integrante desse sistema apoiando-as a conquistar cada vez mais espaços", afirmou. Ainda segundo Ana Patrícia, é necessário também que as advogadas se disponham a ocupar os espaços de poder vencendo as barreiras impostas pela sociedade. "É preciso coragem para que possamos enfrentar os desafios que nos são postos, sobretudo os voltados a nos enfraquecer e invisibilizar". A presidente da Comissão Especial da Mulher Advogada da OAB-BA, Andrea Marques, participou do painel Encontro Nacional do Movimento Mais Mulheres na OAB e fez questão de afirmar que a presença de mais mulheres nos cargos de diretoria da Ordem é só uma questão de tempo. 
"É inevitável a nossa ascensão dentro dos espaços da OAB nacional e nas seccionais. Não adianta mais resistir. Parem de resistir porque nós iremos chegar e ocupar os espaços", garantiu Andrea. Ela pontuou ainda a participação da seccional Bahia no desenvolvimento do Plano Nacional da Mulher Advogada. Participamos de modo muito atuante na redação desse Plano e sempre estamos buscando inovações para valorizar a mulher advogada", disse. Uma dessas inovações passa pelo esporte. O time Oxente Futebol Clube, composto pelas integrantes da comissão, irá jogar no Espírito Santo, em janeiro. "É uma forma de colocar a mulher advogada no esporte, que é algo muito importante", concluiu.  Foto: Angelino de Jesus (OAB-BA)