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OAB-BA debate o combate à corrupção

A OAB da Bahia, através da Comissão Especial de Combate à Corrupção, e a Faculdade 2 de Julho, promoveram, na última quarta-feira (27/05), o seminário “A OAB-BA e seu papel na defesa dos advogados e no combate à corrupção”. Com o apoio da Escola Superior de Advocacia Orlando Gomes (ESA/BA), o evento, realizado no auditório da faculdade, debateu questões ligadas à corrupção no país e possíveis soluções para a crise brasileira. Entre os palestrantes, estiveram presentes o diretor-geral da ESA, Luiz Coutinho, o conselheiro e presidente da Comissão Especial de Combate à Corrupção, Domingo Arjones, o professor Wanderley Ribeiro e o conselheiro e presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-BA, Waldir Santos.

“O que nos traz aqui, hoje, é o início de uma caminhada que a OAB fará em todas as subseções, com a realização de palestras, convocando não só os advogados baianos, mas a sociedade a combater esse mal. Ainda sobre a corrupção, a OAB-BA expediu ofício ao presidente do TJ/BA, pedindo para o tribunal explicar como, até hoje, tem gente ganhando cerca de R$ 106 mil lá, dentro. Isso é uma vergonha para a Bahia. Precisamos combater esse mal”, ressaltou Arjones.

Com discurso voltado à crise no Complexo Penal de Feira de Santana, Luiz Coutinho fez denúncias envolvendo a existência de corrupção no sistema penitenciário: “O conjunto penal de Feira tem, hoje, mais de 4.427 internos, espalhados em seis pavilhões, onde cabem 600. No local onde ocorreu a rebelião, existem 306 presos, sendo que a capacidade é de 140. E três celas são ocupadas por um único detento, o que mostra que elas são negociadas” disse. Coutinho também citou o caso Cleudson Otaciano Orneles, um detento que teria sido morto após não ter conseguido pagar fiança de um salário mínimo.

Com opinião semelhante, Waldir Santos também falou sobre os efeitos da corrupção, mas disse acreditar na possibilidade de reversão do atual quadro brasileiro: “A população tem sofrido, diretamente, as consequências da corrupção que assola o país. Mas a legislação brasileira é suficiente, sim, para combater esse mal. O que falta é gente, cidadão para trabalhar. Com conhecimento técnico, informação, vontade, disposição, coragem, equipamento de controle, persistência, pessoal e organização nós conseguiremos exterminar esse grande mal, que é a corrupção”, concluiu o conselheiro. Foto: Angelino de Jesus/OAB-BA