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OAB decreta luto oficial de três dias pela morte do ex-presidente Eurípedes Brito Cunha

A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia informa com profundo pesar o falecimento do seu ex-presidente, Eurípedes Brito Cunha, ocorrido na noite deste domingo (13), ao tempo em que presta solidariedade à família enlutada neste momento de dor e saudade. A cremação será realizada às 16h30 desta segunda-feira (14) no Jardim da Saudade e será precedida por uma missa às 15h30 no mesmo local. O presidente da OAB da Bahia, Luiz Viana, "lamenta profundamente a perda de Eurípedes Brito Cunha, que tantos serviços prestou à advocacia e à sociedade" e decretou luto oficial de três dias na OAB-BA pela morte do seu ex-presidente.

Segundo o vice-presidente da OAB, Fabrício Oliveira, o falecimento de Eurípedes Brito Cunha "é uma grande perda para a classe, pois trata-se de um advogado com grandes serviços prestados à OAB". "Eurípedes deixa uma grande lacuna, memória e sentimento. Oferecemos a nossa solidariedade aos familiares e amigos, em especial ao seu filho, o também advogado Eurípedes Brito Cunha Junior", afirmou.

Advogado trabalhista, Eurípedes Brito Cunha tinha 78 anos e presidiu a OAB da Bahia de 1989 a 1991, durante a redemocratização do país, com a realização, em 1989, das primeiras eleições diretas para presidente após o fim do regime militar e das eleições gerais em 1990. Eurípedes Cunha criou comissões eleitorais que davam plantão 24 horas para dar assistência aos eleitores, candidatos e interessados de qualquer filiação partidária que precisassem de apoio jurídico.

Durante sua gestão, preocupou-se com os Direitos Humanos e o aprimoramento do tratamento dado aos presos. Deu continuidade ao processo de interiorização da OAB, com a instalação de novas subseções. Instalou a Comissão do Advogado Jovem e a Comissão do Meio Ambiente. Integrante permanente do Conselho da OAB-BA, assumiu, durante dois anos, cadeira no Conselho Federal da OAB, período que coincidiu com o impeachment do presidente Collor e o início do governo de Itamar Franco.

Na época, Eurípedes analisou o momento vivido pela advocacia como um período de mudanças significativas, especialmente na expansão e agrupamento dos escritórios, e insistiu na necessidade dos advogados passarem a escrever mais, aprimorando-se para acompanhar e melhor atender às necessidades da sociedade. Foto: Angelino de Jesus/OAB-BA