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Para OAB, investimento eleitoral privado cria abismo de representação

Brasília – Ao analisar dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que mostram o aumento do número de milionários nas assembleias legislativas do Brasil, o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, afirmou que o investimento de empresas em campanhas eleitorais afasta representantes de representados.

Para ele, os interesses defendidos passam a ser privados, e não públicos. “Quando os eleitos pelo povo são defensores de causas que não as da República, cria-se um verdadeiro abismo de representação. Não se trata de demonizar o empresariado ou diminuir a atividade política, mas esse modelo cria uma relação nada saudável à democracia”, entende o presidente.

Pela Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4650, a OAB Nacional propôs o fim do investimento privado em campanhas. O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a medida, cujo início da validade depende de deliberação pelo plenário da Corte.

Uma pesquisa do Instituto Datafolha revelou que o fim das doações tem aprovação de 71% dos brasileiros. Fonte: CFOAB