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"Precisamos reconhecer que vivemos uma cultura machista", afirma Daniela Borges

A OAB-BA esteve presente, nesta sexta-feira (8), na Roda de Conversa Especial Dia da Mulher. O evento aconteceu na Faculdade de Direito da UFBA e debateu questões que envolvem a violência doméstica, assédio, o acesso da mulher ao mercado de trabalho e aos espaços de poder. O encontro foi organizado pelas Comissão da Mulher Advogada e a Comissão de Proteção de Direitos da Mulher da Seccional em parceria com o Coletivo Feminista da UFBA MADÁS, a Defensoria Pública da União, o Ministério Público Estadual, a Defensoria Pública Estadual e a Policia Civil. De acordo com a presidente da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher da OAB-BA, Renata Deiró, ações como esta são importantes para reunir toda a rede de proteção da mulher para debater e pensar soluções. "Estamos sempre querendo ampliar os direitos das mulheres na sociedade. A OAB tem um papel determinante nessas conquistas por ser uma entidade da sociedade civil que luta para garantir que todos e todas tenham acesso às melhorias alcançadas", disse. A professora e presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-BA, Daniela Portugal, ressaltou que o Dia da Mulher representa um símbolo de resistência e que é um momento para que todos parem para refletir sobre a sociedade que vivemos. "Vivemos em uma sociedade patriarcalista em que as instituições reproduzem esses símbolos de opressão. Daí a necessidade de compreendermos o novo papel da mulher de desconstrução desse sistema rumo a novos caminhos de igualdade, respeito e dignidade para com os direitos de todas e todas", concluiu. Para a conselheira federal e presidente da Comissão Nacional da Mulher da OAB, Daniela Borges, é fundamental que a sociedade busque a todo instante a igualdade de gênero. Ainda segundo Daniela, essa igualdade só vai existir efetivamente quando formos capazes de mudar as estruturas que nos compõem como indivíduos. Conquistas e avanços ainda necessários nos direitos das mulheres "Precisamos reconhecer que vivemos uma cultura machista. Uma cultura na qual a mulher está em um patamar inferior em relação ao homem. Essa relação vem sendo construída há milhares de anos de uma forma que a gente nem consegue perceber o quanto ela permeia nossos comportamentos", afirmou. Foto: Angelino de Jesus/OAB-BA