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Reflexões marcam a 2ª edição do Palco é Nosso

No final da tarde de quarta-feira, 08/03, no Café Teatro Rubi, do Sheraton Hotel da Bahia aconteceu a 2ª edição do Palco é Nosso, com o tema “A Mulher e os Desafios Profissionais”. Advogados e advogadas se reuniram no evento para refletir sobre a luta pela igualdade de direitos e valorização da mulher. A tesoureira da OAB-BA, Daniela Borges, saudou os convidados com uma reflexão para o dia. “De fato termos a liberdade de sermos quem bem quisermos e poder vivermos todas as nossas possibilidades e habilidades de acordo com nossa personalidade e não dentro de um rótulo de gênero”, disse Daniela. A equipe da Federação Sulamericana de Krav Magá apresentou a luta que é reconhecida como defesa pessoal e tem uma media de 30% de mulheres praticantes no Brasil. “Qualquer pessoa é capaz de fazer Krav Magá, pois é o movimento natural do corpo humano, que qualquer pessoa, de qualquer idade, consegue fazer para se defender”, disse o instrutor Roque Jorge, que convidou todas as mulheres a participarem da campanha da Federação para o dia Internacional da Mulher, no qual as turmas disponíveis em Salvador, darão aulas gratuitas para as mulheres aprenderem a se defender dos ataques mais comuns: roubos, agarramentos, estupros. Para participar, é necessário enviar um e-mail para a turma do seu interesse, e as vagas são limitadas. Pituba ([email protected]), Brotas ([email protected]), Nazaré ([email protected]), Piatã ([email protected]), Imbuí ([email protected]), Caminho de Areia ([email protected]) e Canela ([email protected]). A vice-presidente da OAB-BA, Ana Patrícia Dantas Leão, reforçou o discurso sobre a mudança de comportamento da sociedade. “Este evento coordenado por Ilana, nossa conselheira federal, provoca uma importante discussão acerca dos desafios profissionais enfrentados por nós mulheres. E o machismo, ainda presente e muito forte, precisa ser discutido até para ser superado”, destacou Ana Patrícia. A presidente da Comissão da Mulher Advogada, Andrea Marques, praticante do Krav Magá incentivou os presentes a conhecerem a luta e relatou sua satisfação pessoal com a modalidade. Além disso, Andrea reforçou o motivo do encontro. “Hoje, a gente pode trazer relatos sinceros de mulheres que estão em suas profissões de maneira competente e descobriram como é difícil vencer os obstáculos do machismo, da misoginia e do preconceito”, falou Andrea, que ainda lembrou que em 2016, 503 mulheres morreram por hora, o que somou mais de quatro milhões de mulheres mortas no ano, o que equivale a um número maior que a população de Salvador. A advogada Bernadete Cunha, foi homenageada pela OAB no dia da mulher. “Uma emoção muito grande, pelo reconhecimento de um trabalho que a gente vem desenvolvendo durante muitos anos na OAB. É um trabalho muito gratificante, pois trabalhamos em benefício da classe, da sociedade e do Brasil. Esse trabalho quando é reconhecido, não tem preço para saber se vale a pena. Estou lisonjeada e emocionada”, disse Bernadete. A psicóloga Maria da Graça Diniz da Costa Belov e a jornalista Malu Fontes ministraram palestras sobre os desafios que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho. “Tentamos fazer com que as pessoas voltem a refletir sobre a questão ideológica de um discurso que a sociedade patriarcal machista colocou a mulher, de opressão, submissão, e que a mulher luta parta sair disso”, informou a psicóloga Graça Belov. Também, esteve presente a major da Polícia Militar da Bahia, Cássia Queiroz, que afirmou a importância de dar voz ativa para as mulheres. “Numa sociedade em que o modelo patriarcal impera, o machismo e o preconceito, ainda existem, é muito importante estarmos nesses espaços públicos refletindo as questões de gênero, o papel da mulher e se ainda há discriminação. O que podemos fazer, como podemos ser mais ouvidas, quais os nossos direitos e nossas diferenças, para que esse contexto seja melhorado até nas relações interpessoais entre as mulheres”, concluiu a Major Cássia. Para o presidente da OAB-BA, Luiz Viana Queiroz, o evento foi muito importante. “A reflexão de questões práticas do dia a dia, foi enriquecedor para todos nós. Saio animado com o que ouvi e certo de que temos muito a fazer e apoiar na luta das mulheres em toda Bahia”, declarou o presidente. A conselheira federal, Ilana Campos, uma das organizadoras e apoiadoras do evento informou que no próximo encontro irá explorar ainda mais o universo frequentado pelas mulheres. “Desta vez, moldamos o Palco é Nosso para desvendar o mistério das mulheres em profissões masculinizadas, que hoje aos miúdes estão sendo galgadas por todas as mulheres”, finalizou Ilana. Foto: Angelino de Jesus (OAB-BA)