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"Voltamos mais fortes e com mais energia para defender a advocacia", afirma Luiz Viana sobre Conferência Nacional

Após quatro dias de calorosos debates e intensa troca de conhecimento, chegou ao fim a XXIII Conferência Nacional da Advocacia Brasileira. O evento foi realizado no Centro de Eventos do Anhembi, em São Paulo, e reuniu 250 palestrantes, 40 painéis e mais de 50 eventos paralelos realizados ao longo da Conferência. "A XXIII Conferência Nacional da Advocacia foi o maior evento jurídico que eu já participei, seja pela qualidade dos painéis e palestrantes, seja pela enorme quantidade de participantes", afirmou o presidente da OAB-BA Luiz Viana Queiroz.
Este ano, a OAB-BA levou ao seminário a maior delegação da sua história. Luiz Viana destacou a participação das advogadas e advogados baianos nos debates e o engrandecimento que a Conferência trouxe aos participantes. "A delegação da OAB da Bahia esteve presente e muito atuante nesses dias. Voltamos mais fortes e com mais energia para continuar nossos enfrentamentos em defesa da advocacia", garantiu. A conselheira da OAB-BA Tamiride Monteiro foi um dos membros da seccional com forte participação no evento. Para Tamiride, a conquista foi ainda maior, visto que ela presidiu um painel que tratou de tecnologia da informação no exercício do Direito, espaço ainda majoritariamente dominado por homens.
"É sabido que a área de tecnologia em todos os ramos é dominada pelo universo masculino. Para mim, além de ser um privilégio, foi uma forma de quebrar esse paradigma. Me concederam este desafio e ele foi aceito", relembrou Tamiride. Para a advogada, o fato de ela ter conseguido desbravar terreno nesse campo demarcado por homens só aumenta a sua responsabilidade na luta pela valorização da mulher advogada. "Eu faço parte de um pequeno grupo de mulheres advogadas que transitam em meios dominados por homens. Eu sou uma mulher advogada, minha seccional me empondera e me sinto honrada e com um compromissos ainda maior por isso", afirmou. A vice-presidente da OAB-BA, Ana Patrícia Leão, contou que essa ocupação feminina na Conferência Nacional é o reflexo de todo um trabalho das mulheres advogadas no sistema OAB. "Para nós advogadas, o que ficou da conferência foi a mensagem de união. Vamos caminhar unidas para que possamos, dentro e fora da OAB, ocupar os espaços que nos são legítimos. Este é um caminho sem volta", afirmou.
Quem também falou em nome da OAB-BA na Conferência Nacional foi o presidente do Conselho Consultivo da Jovem Advocacia (CCJA), Hermes Hilarião. "Foi uma honra representar a jovem advocacia baiana, sobretudo por conta da realização do Colégio Nacional de Presidentes das Comissões da Jovem Advocacia, que debateu diversos temas de interesse dos jovens advogados e advogadas", disse.
Hilarião destacou a aprovação na XXIII Conferência da campanha nacional de inclusão da jovem advocacia no processo eleitoral da OAB e o fim da cláusula de barreira, permitindo que os jovens possam concorrer no pleito eleitoral. A iniciativa, inclusive, recebeu o apoio do presidente nacional da Ordem, Cláudio Lamachia. 
"Eventos dessa natureza permitem que a jovem advocacia reflita sobre o exercício da profissão e se atualize sobre questões jurídicas imprescindíveis para alcançar o sucesso na advocacia", pontuou.
O conselheiro federal pela OAB-BA Fabrício Castro compartilhou um pouco da sua experiência no painel dedicado aos advogados em início de carreira e ficou plenamente satisfeito com a participação dos doutores da boa terra na Conferência Nacional. "Não posso deixar de destacar o orgulho que senti da delegação da Bahia, não só pela presença quantitativa, mas principalmente pela participação qualitativa em diversos painéis. A advocacia baiana fez a diferença", afirmou. Ao final dessa jornada, as advogadas e advogados baianos regressaram de São Paulo com a certeza de que cresceram profissionalmente e que a luta pelo pleno exercício da advocacia não deve cessar. "Toda advocacia ganhou muito. O evento fortaleceu a unidade de nossos valores, nossas bandeiras, nossos projetos para enfrentar a crise do Judiciário e a violação das prerrogativas que acabam por atingir os direitos fundamentais", concluiu Luiz Viana.  Foto: Angelino de Jesus (OAB-BA)