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[Coronavírus: OAB na TV debate importância social do Julho das Pretas]

Coronavírus: OAB na TV debate importância social do Julho das Pretas

O programa recebeu a presidente da Comissão Especial de Promoção da Igualdade Racial, Dandara Pinho

A presidente da Comissão Especial de Promoção da Igualdade Racial da OAB-BA, Dandara Pinho, foi a convidada desta quarta-feira (22) do programa OAB na TV, apresentado por Milena Barreto e realizado em parceria com a Fundação Paulo Jackson e Assembleia Legislativa da Bahia. 

Em virtude da pandemia causada pelo coronavírus, a entrevista não aconteceu no estúdio da TV ALBA, como rotineiramente, mas em live no Instagram, transmitida pelo perfil da Seccional, @oab.bahia. O programa vai ao ar todas as quartas-feiras, às 9h, e a live fica disponível por 24 horas no perfil da OAB-BA.

No programa de hoje, foi debatida a importância do Julho das Pretas, programação organizada pela Rede de Mulheres Negras, que conta com o apoio da OAB-BA, e este ano entra no seu oitavo ano. Ao longo desse mês, uma série de atividades vêm sendo desenvolvidas para enaltecer a luta das mulheres negras e OAB-BA se junta a essa causa  homenageando advogadas pretas. 

Dandara destacou que diversas mulheres negras vêm tendo protagonismo ainda na Agenda Democracia, Antirracismo e Justiça, lançada pela Seccional também este mês, e que esse lugar de destaque deve existir durante todo o ano, não apenas em julho e novembro. "Nós devemos estar em todos os espaços de poder e diálogo", afirmou.

De acordo com a advogada, o dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, é de fato a data em que as mulheres pretas se sentem representadas. Segundo ela, essa marca no calendário obriga que o racismo estruturante seja colocado em voga e debatido. "É um mês de luta em que a gente mostra que somos fortes, mas também precisamos de políticas públicas".

Sobre a situação do racismo no nosso estado, ela destacou que no Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa da Bahia, que este ano completou seis anos de publicação, existem pontos cruciais, como a criação da delegacia especializada em crimes raciais, que ainda precisam ser implementados. 

Porém, vitórias importantes, como a instituição de cotas raciais nos postos de gestão cultural já foram alcançadas. "Isso é muito importante porque possibilita que na Cultura tenhamos pessoas com a cor e a cara dessa cidade que é a mais negra fora de África", frisou.