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Direito ao Ponto recebe Camila Carneiro para apresentar a ampliação do OAB Gira Escola por uma educação antirracista
A presidenta da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB-BA detalha como o projeto, após três anos de atuação na rede privada, passa a alcançar escolas municipais e estaduais

Apresentado por Luis Ganem, o programa Direito ao Ponto desta quinta-feira (04/12) destacou o lançamento do edital do projeto "OAB Gira Escola por uma Educação Antirracista". A iniciativa, que já existe há três anos e atendia escolas particulares, agora amplia seu alcance para incluir também escolas da rede pública (municipais e estaduais). Para tratar do assunto, a entrevistada foi a advogada Camila Carneiro, presidenta da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB-BA.
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Em regra, a finalidade do projeto é que advogados e advogadas especialistas na temática visitem as escolas para debater letramento racial, história e direitos, preenchendo uma lacuna deixada pela falta de formação específica de muitos professores sobre o tema. Em seu segundo triênio (2022–2024 e 2025–2027) como presidenta da comissão, ela aponta que 1ª edição se deu no primeiro triênio, e que a iniciativa está em conformidade com as a Lei 10.639/03 e da Lei 11.645/08.
“Nas escolas, elucidamos a lei, explicamos como ela funciona e ajudamos, no que for possível, a desmistificar a ideia de que a história africana, afro-brasileira e indígena é folclore ou que se trata de uma lei desnecessária. A história não precisa ser contada por um único viés, especialmente o viés da colonização”, reiterou Camila Carneiro.
Para a presidenta da Comissão, é urgente confrontar a narrativa tradicional que ainda coloca a princesa Isabel como a única heroína da abolição, perpetuando a imagem da “branca salvadora”. Segundo ela, o projeto OAB Gira Escola nasce justamente para tensionar essa versão hegemônica e apresentar um contraponto histórico, evidenciando o protagonismo intelectual e político de figuras sistematicamente apagadas do ambiente escolar.
“A verdadeira educação antirracista exige que a sociedade conheça a fundo quem foi Luiz Gama, patrono da abolição; a força de Esperança Garcia, reconhecida como a primeira advogada do Brasil; e a genialidade de mulheres como a escritora Carolina Maria de Jesus e a pensadora Lélia Gonzalez”, reiterou.
Camila Carneiro esclareceu que a atuação inicial na rede privada foi estratégica, motivada pelo fato de que essas instituições concentravam os maiores índices de denúncias de racismo. A OAB Bahia utilizou essa primeira etapa para consolidar a metodologia e criar um estudo de caso sólido. Com o sucesso da iniciativa e a alta receptividade, o projeto agora se expande para a rede pública.
O podcast “Direito ao Ponto”, resultado de uma parceria entre a OAB-BA e a Rádio Alba Bahia, emissora mantida pela Fundação Paulo Jackson, é transmitido todas às terças e quintas-feiras, às 9h, no YouTube. Este e outros episódios estão disponíveis no canal da Rádio Alba Bahia no YouTube e também no Spotify da OAB-BA.
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