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Nota de Pesar

Na noite da última quinta-feira (19/09), o Cabo PM Edenilson do Lago Palma, lotado no Centro de Operações e Inteligência de Segurança Pública da Bahia (COI), cometeu suicídio projetando-se do 10º andar de um edifício na Av Tancredo Neves. Informações indicam que o policial sofria de depressão.
 Trata-se de um fato profundamente lamentável e que deve ser encarado com bastante atenção, sobretudo neste mês, em que está em vigor o movimento mundial de combate e prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo.

Psicopatologias e transtornos psicológicos vêm assolando sobremaneira os militares em geral, e este caso deve servir mais uma vez de alerta às corporações militares. De acordo com o GEPeSP (Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção), o suicídio de agentes da segurança pública em todo o país aumentou 140% de 2017, quando houve 28 casos, para 2018, quando o número chegou a 67. O levantamento foi divulgado em agosto deste ano e engloba profissionais da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Também houve aumento do número de homicídios seguidos de suicídio. Em 2017, representavam 8% do total e no ano passado chegaram a 16%.
Os números revelam a importância da discussão acerca da saúde mental dos militares e agentes de segurança, profissionais essenciais para a manutenção da ordem e da segurança pública. É nosso dever, portanto, lutar e zelar pela melhoria das condições de trabalho da classe e pelo acompanhamento constante da saúde física e mental desses profissionais.

A Comissão de Direito Militar da OAB-BA apresenta seu profundo pesar pela morte do cabo Edenilson, ao tempo em que oferece votos de solidariedade à família do praça. E no exercício das suas atribuições institucionais, a comissão se coloca à disposição para cerrar fileiras com as corporações para traçar ações conjuntas para o efetivo combate e prevenção ao suicídio.

Comissão de Direito Militar da OAB-BA

 

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